Atingimos neste momento um ponto especial da aprendizagem curricular mais importante, o processo de leitura/escrita.
Depois da propedêutica e da aprendizagem das vogais, estamos agora num período de consolidação. As 3 primeiras consoantes estão ensinadas/aprendidas.
Sim, porque actualmente deixou de fazer sentido falar em descoberta, a este nível.
Há 25 anos atrás muitas das crianças que chegavam à escola nem faziam ideia do nome das letras; ou melhor, quando muito tinham uma vaga ideia das vogais. Havia alguns que fugiam a essa regra, é certo, mas as excepções sempre as confirmaram.
Nos dias que correm não podemos falar nisso. Todas as crianças conhecem as letras e os seus nomes. Ao p, t, l chamam-lhes pê, tê, lê ou éle. O que não deixa de ser correcto, aparte o lê. Mas falta-lhes ainda o essencial, em quase todos os casos.
Há agora que cimentar a consciência fonológica, a identificação visual dos fonemas (letras), a junção das mesmas em sílabas e a formação de palavras. Mais importante: a leitura de frases. É isso que dá sentido e coerência ao que se lê.
Para isso há que repetir, por vezes quase vezes sem conta, passe o pleonasmo, a decomposição das ditas frases e palavras, há que insistir na leitura, seja ela global e memorizada, mais simples e fácil de apreender, seja ela sintética, mais construtiva por assim dizer. Uma forma e outra complementam-se ainda que, em meu entender, a primeira seja a preferencial e dependendo ainda dos alunos. Não somos todos iguais.
A Francisca é das boas leitoras que temos, neste momento. Criança serena, é persistente e trabalhadeira. Esforça-se, felizmente para ela sem custo, por conseguir perceber tudo o que lê. E consegue. E ainda escreve correctamente.
Parabéns, Francisca!
Sem comentários:
Enviar um comentário