domingo, 10 de janeiro de 2010

O Corvo e a Raposa

Mais uma vez, La Fontaine esteve presente na nossa sala de aula.
Este autor clássico encontra-se hoje tão actual como no seu tempo, já lá vão mais de 300 anos sobre o período em que viveu (1621-1695), apesar da multiplicidade de autores e géneros ou estilos literários hoje existentes.
De facto, as suas verdades são verdades de todos nós e de todos os dias.
A propósito do grafema c, que temos vindo a trabalhar por estes dias, o professor leu a fábula publicada pelo jornal Expresso, em tradução do nosso grande escritor Bocage.

E claro, além do prazer de ouvir a história, espera-se que tenha ficado um pouco da reflexão final:
Não devemos escutar quem nos elogia em excesso sob pena de sermos facilmente enganados.
Aqui fica uma outra versão da mesma fábula, da autora Maria Alberta Menéres:



Mestre Corvo, numa árvore poisado,
No bico segurava um belo queijo.
Mestra Raposa, atraída pelo cheiro,
Assim lhe diz em tom entusiasmado:
- Olá! Bom dia tenha o senhor Corvo,
Tão lindo é: uma beleza alada!
Fora de brincadeiras, se o seu canto
Tiver das suas penas o encanto,
É de certeza o Rei da Bicharada.
Ouvindo tais palavras, que feliz
O Corvo fica; e a voz quer mostrar:
Abre o bico e lá vai o queijo pelo ar!
A Raposa o agarra e diz: - Senhor,
Aprenda que o vaidoso se rebaixa
Face a quem o resolve bajular.
Esta lição vale um queijo, não acha?
O Corvo, envergonhado, vendo o queijo fugir,
Jurou, tarde demais noutra igual não cair.

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