quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A Menina do Capuchinho Vermelho no Século XXI

Era uma vez a Menina do Capuchinho Vermelho que resolveu saltar de dentro do livro da sua história, surpreendendo o João, pois já estava farta de viver no seu tempo antigo.
Neste livro, Luísa Ducla Soares reescreveu a vida desta ilustre personagem da literatura infantil em contacto com a realidade dos nossos dias.


Esta imagem desta original versão da história da Menina do Capuchinho Vermelho escrita à mão foi publicada no sítio da Associação de Professores de Português. Quem queira pode dar lá um salto, clicando na hiper-ligação e pode lê-la na íntegra, quer em letra manuscrita quer em letra de imprensa.

Frases com g/G




gato - O gato diz mi...mi...a...au.

galo - É o galo da Sofia.

magala -O Pedro é magala.

Gouveia - O Gouveia é namorado da Milita.

cágado - É o cágado da Maria.

goma - A goma da Lili caiu ao lago.

gamela - É a gamela da vaca.

domingo, 10 de janeiro de 2010

O Corvo e a Raposa

Mais uma vez, La Fontaine esteve presente na nossa sala de aula.
Este autor clássico encontra-se hoje tão actual como no seu tempo, já lá vão mais de 300 anos sobre o período em que viveu (1621-1695), apesar da multiplicidade de autores e géneros ou estilos literários hoje existentes.
De facto, as suas verdades são verdades de todos nós e de todos os dias.
A propósito do grafema c, que temos vindo a trabalhar por estes dias, o professor leu a fábula publicada pelo jornal Expresso, em tradução do nosso grande escritor Bocage.

E claro, além do prazer de ouvir a história, espera-se que tenha ficado um pouco da reflexão final:
Não devemos escutar quem nos elogia em excesso sob pena de sermos facilmente enganados.
Aqui fica uma outra versão da mesma fábula, da autora Maria Alberta Menéres:



Mestre Corvo, numa árvore poisado,
No bico segurava um belo queijo.
Mestra Raposa, atraída pelo cheiro,
Assim lhe diz em tom entusiasmado:
- Olá! Bom dia tenha o senhor Corvo,
Tão lindo é: uma beleza alada!
Fora de brincadeiras, se o seu canto
Tiver das suas penas o encanto,
É de certeza o Rei da Bicharada.
Ouvindo tais palavras, que feliz
O Corvo fica; e a voz quer mostrar:
Abre o bico e lá vai o queijo pelo ar!
A Raposa o agarra e diz: - Senhor,
Aprenda que o vaidoso se rebaixa
Face a quem o resolve bajular.
Esta lição vale um queijo, não acha?
O Corvo, envergonhado, vendo o queijo fugir,
Jurou, tarde demais noutra igual não cair.

Anedota: Pedro Cacos

Uma anedota é um bem sem dono. (...) foi-me entregue e eu decido passá-la, mantê-la a girar. Assim fala, em certa altura, Susan Sontag, uma brilhante escritora norte-americana no seu livro O Amante do Vulcão.
Da mesma maneira, porque sabedor de como as crianças adoram anedotas, decidi contar a anedota do pistoleiro e do mexicano que se encontram lá por terras de cowboys e que veio a propósito da letra c e da palavra caco.



Um dia, no faroeste, andava um pistoleiro sobre o seu cavalo, quando encontra lá no meio de uma terreola um mexicano. Pergunta, então, em espanhol, é claro:
- Como te llamas, amigo?
- Pedro Billas, Señor.
PUM! PUM!
- Te llamabas! Ahora te llamas... Pedro Cacos.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Ninguém dá prendas ao Pai Natal




Coitado do Pai Natal!
Tão triste que ele estava...

Este é o mote da história a que hoje assistimos num teatro de fantoches apresentado pela equipa das Bibliotecas do nosso Agrupamento.
Que rico fim de festas natalícias, não foi, meninos?

Esta muito gira história baseia-se num livro da escritora Ana Magalhães, publicado pela editora Casa das Letras, não vão muitos anos e ainda disponível em algumas livrarias. Nela, o Pai Natal anda embrulhado com personagens altamente improváveis como a Cinderela e o João Ratão.

A quem quiser ver uma versão teatral, sob a forma de slide, da mesma história, conforme apresentada num Jardim de Infância Quinta do Casal, algures por esse Portugal, sugere-se que siga a ligação para o blogue Pinguinhos de Saber.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O macaco do Mitó


Ó mãe, é o macaco?

É, Camila. É o macaco Mimo.

O Mimo é o macaco do Mitó.

O Mitó mima muito o Mimo.

Obs: Texto escrito em sala de aula, num exercício de leitura e cópia.


Obs. do professor: O André Ferreira passou hoje a ser mais um dos redactores do nosso blogue. Hoje realizou a sua primeira postagem, uma pequena cópia de um txto trabalhado no manual. Leu tudo e depois escreveu; com uma pequena ajuda, é claro. Mas foi ele que quase sempre se desenvencilhou. Foi bom saber que ele sabia que precisaria de um código para acesso ao blogue de modo a poder publicar. Talvez já tenha visto os pais a fazer o mesmo, ou parecido. Ficamos a contar com mais trabalhos dele. Neste, toda a sua escrita foi correcta, isenta de erros ortográficos, tendo o professor apenas ajudado a explicar como escrever uma maiúscula e inserir alguns sinais.
Parabéns, André!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O cuco






Recomeçamos hoje o nosso trabalho a doer, não foi, ó Prego?
À tarde, o André, pelo final do Apoio ao Estudo, já só dizia: 
"Ui! tanto trabalho." 
Que cansado ele ficou!
Há dias em que é assim; e agora estamos numa fase em que vamos ter imenso trabalho, na verdade. Em especial, os alunos que ainda não apanharam a carruagem da leitura são um pouco mais sacrificados. Os pais e os professores não querem de modo algum que eles se deixem ficar para trás, por isso insistem com eles mais do que com quaisquer outros. E, justiça lhes seja feita, todos eles têm vontade de aprender.


Hoje foi dia letra c.
O C é a letra de camião, de camélia, de cama, de copo, de calo, de cola, de cuco...
E foi precisamente esta a primeira palavra que lemos e escrevemos com ela.


Mas ainda assim fomos devagar. Para já só temos ainda o c formando as sílabas ca, co e cu


De qualquer dos modos, e para tornar a aula mais apelativa, cantamos uma canção tradicional de todos conhecida. Aqui fica a letra para que todos a possam cantar sempre que lhes apeteça:


Estava na floresta, o cuco a cantar.
Por trás de uma giesta, nós fomos escutar:
“Cu-cú, cu-cú, cu-cú, cu-rú, cu-cú.
Cu-cú, cu-cú, cu-cú, cu-rú, cu-cú”.

A noite estava escura e não havia luar.
Ouvimos lá ao longe, o lobo a uivar:
“A-ú, a-ú, a-ú, a-ú, a-ú.
A-ú, a-ú, a-ú, a-ú, a-ú”.

Do cimo de uma torre ouvia-se um piar.
Atravessando o céu, uma coruja a esvoaçar:
“Pi-ú, pi-ú, pi-ú, pi-ú, pi-ú.
Pi-ú, pi-ú, pi-ú, pi-ú, pi-ú”.

E ao romper do dia, um galo a cantar.
Como o sino da igreja, todos vem despertar:
“Co-có, co-có, co-có, co-ró, co-có.
Co-có, co-có, co-có, co-ró, co-có”.

Descansada no campo, uma vaquinha a pastar.
Erva verde e viçosa, para o leite nos dar:
“Mu-mú, mu-mú, mu-mú, mu-ú, mu-mú.
Mu-mú, mu-mú, mu-mú, mu-ú, mu-mú”.

E ao longe um pastor, a encosta vai subir
Atrás do seu rebanho de ovelhas a balir:
“Me-mé, me-mé, me-mé, me-é, me-mé.
Me-mé, me-mé, me-mé, me-é, me-mé”.

Mas quando o sol se põe, a aldeia vai dormir.
E por entre o silêncio, o grilo faz-se ouvir:
“Gri-gri, gri-gri, gri-gri, gri-i, gri-gri.
Gri-gri, gri-gri, gri-gri, gri-i, gri-gri”.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Começou o 2º Período. Vamos comer livros, como o Henrique?



Sempre que o calendário marca 1 de Janeiro costuma dizer-se Ano Novo, vida nova. Não será propriamente o nosso caso pois embora se inicie hoje o 2º Período lectivo vamos continuar a fazer mais do mesmo, isto é, basicamente: ler, escrever, contar e operar. Claro que acrescido de uma série de outras actividades que lhe são complementares, como as realizadas nas áreas de Expressões, hoje aqui representadas pela pintura de uma separatória para os trabalhos a colocar na capa de argolas de cada aluno, neste caso efectuada pelo Ricardo Azevedo; mas aquilo é o básico indispensável.

Bom! A esse propósito, e como motivação para mais uns meses de árduo trabalho, constatamos hoje, através da história "O Incrível Rapaz que Comia Livros", que esta actividade - comer livros - pode também ser uma forma de ficar mais esperto. A maioria dos alunos até quis também experimentar e dar uma mordida no livro, a ver se resultava. Ninguém me disse nada das suas consequências. Provavelmente quiseram guardar segredo e ver se com mais algumas dentadas os resultados já seriam mais visíveis. Ou será que o melhor, para se ficar mais esperto mesmo, é ler muitos e muitos livros em vez de os comer?
A ver vamos o que nos respondem os alunos dentro de alguns dias. Fica aqui o desafio para ilustrar esta história, em casa, e até - porque não? - nessa ilustração incluir algumas das palavras que achares mais interessantes na situação que escolheres representar.